Os textos deste livro dão sequência à série de artigos que se originaram de apresentações e interlocuções no V Colóquio Discente Diálogos e Convergências, realizado em 2022 por discentes do PPGCOM UFMG. Neste volume, “E nossas estórias não têm fim: decolonialidade, temporalidades e territorialidades”, os trabalhos partem de abordagens variadas, tendo em comum um conjunto de contribuições múltiplas em torno da noção de mirada. Buscam compreender que outros sentidos, para além dos usuais, podem ser construídos a partir dos fenômenos que estudam. Seja a partir do olhar para si, para documentos da biopolítica por meio das miradas ch’ixi, para descolonizar o olhar de violência que apaga as mulheres negras, pela identificação de como agem as miradas hegemônicas que podem repetir mortes em crimes de gênero, de modos de olhar que se multiplicam e se reinventam nas negociações de interfaces, nos limites mercadológicos que restringem possibilidades de mirar as e-girls, ou mesmo um olhar que parte da imagem de um flamingo e recorda a etimologia do verbo “olhar” do italiano guardare que se expande para muitos outros modos de ver.